Arábia Saudita deve confirmar morte de jornalista em consulado na Turquia

  • Por Jovem Pan
  • 16/10/2018 06h35 - Atualizado em 16/10/2018 10h39
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EFE Jamal Khashoggi foi visto entrando no consulado saudita, mas não havia registros de sua saída

O governo da Arábia Saudita  deve confirmar a morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi, de 59 anos, durante um interrogatório que, segundo um relatório, terminou mal no dia 02 de outubro.

Nesta segunda-feira (15), o consulado saudita em Istambul foi inspecionado por autoridades turcas que junto com os Estados Unidos e outros países europeus estavam pressionando o consulado por uma resposta.

Jamal Khashoggi está desaparecido há duas semanas quando foi visto pela última vez entrando na embaixada de seu país. Ele era colunista do jornal Washington Post e ganhou notoriedade por ser bastante crítico ao príncipe herdeiro saudita Homamed Bin Salman.

O jornalista tinha ido ao consulado para resolver questões burocráticas relacionadas ao seu casamento com uma mulher de nacionalidade turca. A polícia turca afirma que imagens gravadas pelo relógio de Jamal mostram que ele foi torturado e morto.

Depois de conversar com Salman, rei da Arábia Saudita, o presidente norte-americano, Donald Trump, já desconfiava que o jornalista teria sido assassinado por pessoas de fora do consulado.

Apesar da pressão do Congresso, Trump não deve impor sanções ao principal aliado dos EUA no Oriente Médio, pelo menos por enquanto. É o que garante a coordenadora do curso de Relações Internacionais da FAAP, Fernanda Magnota.

Com o intuito de controlar uma possível crise diplomática, Trump enviou o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, a Riad para falar com o rei Salman.

Depois de cometer diversas atrocidades no Oriente Médio, com Iêmen, Líbano e Qatar, agora o regime radical da Arábia Saudita dificilmente vai escapar ileso desse assassinato.

*Informações do repórter Victor Moraes

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