Arábia Saudita retoma parte da produção, mas preço do petróleo continua alto

  • Por Jovem Pan
  • 18/09/2019 07h18 - Atualizado em 18/09/2019 09h42
EFE Refinaria de petróleo Refinaria da estatal saudita Aramco, a maior empresa do mundo no setor, sofreu ataques no último sábado

A empresa Saudi Aramco garantiu que vai normalizar a produção de petróleo até o fim deste mês. A proprietária das instalações que foram alvo de dois ataques no último sábado (14) ainda espera aumentar a produtividade para 12 milhões de barris por dia. Antes dos bombardeios, eram gerados pouco menos de 10 milhões.

A ofensiva interrompeu a fabricação de 5 milhões e 700 mil barris, o equivalente a 5% da produção mundial.

O ministro da Energia da Arábia Saudita, o príncipe Abdulaziz bin Salman, confirmou que as instalações já retomaram parte da produção. De acordo com ele, a Aramco vai retirar petróleo dos estoques e ajustar a mistura de alguns óleos para honrar as obrigações com os clientes até a normalização das atividades.

A declaração do príncipe Abdulaziz bin Salman desacelerou a alta do preço da commodity. Na segunda-feira (16), o barril de Brent fechou com alta de mais de 14%, mas o dia seguinte terminou com uma baixa de 6,48%. Mesmo com a redução, o valor ainda é maior do que antes dos ataques.

As investigações que vão determinar a origem dos bombardeios de sábado ainda não foram concluídas. Os rebeldes houthis – inimigos dos sauditas e apoiados pelos iranianos – reivindicaram a autoria e afirmaram que os drones foram lançados do Iêmen. Dados preliminares obtidos pelos serviços de inteligência norte-americanos, no entanto, apontam que o ataque teve origem no Irã.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e as forças Armadas da Arábia Saudita deram indicativos de que Teerã está por trás da ofensiva. O presidente Hassan Rohani nega que tenha orquestrado os ataques.

*Com informações da repórter Nanny Cox

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