Aras: ‘Seis procuradores que deixaram a Lava Jato já querem voltar’

  • Por Jovem Pan
  • 14/09/2019 10h30 - Atualizado em 14/09/2019 10h50
ESTADÃO CONTEÚDO Candidato à PGR está conversando com senadores antes de sua sabatina

Em mais um dia de peregrinação pelos gabinetes do Senado Federal, o subprocurador Augusto Aras, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) à Procuradoria-Geral da República (PGR), demonstrou otimismo. Segundo ele, os parlamentares estão sendo “generosos” em escutar as apresentações e os pontos de vista de um “Ministério Público moderno”.

Nesta sexta-feira (13), Aras se reuniu com o líder da oposição, senador Randolfe Rodrigues (Rede), e com o relator da indicação dele, o senador Eduardo Braga (MDB). Perguntado sobre que mensagem tem passado nas visitas, o subprocurador foi direto. “A Constituição na mão e o senso de patriotismo no coração”, declarou.

Aras não quis adiantar nas questões de mérito, como medidas que pretende tomar à frente do Ministério Público Federal (MPF) e os planos para a Lava Jato. Ele destacou o fato de que procuradores da Operação que entregaram seus cargos na semana passada, sob a alegação de “incompatibilidade” com entendimento da atual PGR , Raquel Dodge, já pediram para retornar.

“Os procuradores que deixaram a Lava Jato já se dispuseram a voltar para suas atividades. Eu não posso convocar ninguém, não estou no cargo, e só depois de ser sabatinado poderei tomar alguma atitude pertinente à organização da instituição”, disse.

A previsão é que o relatório sobre a indicação de Aras para a PGR fique pronto na próxima terça-feira. (17) O Braga adianta que o parecer, que será apresentado à CCJ, não entra no mérito da escolha, e sim na constitucionalidade. “O parecer da CCJ é técnico. Como eu disse, o mérito é discutido na sabatina, quando os senadores fazem perguntas com relação à princípios, conceitos, para formatar o juízo de valor.”

A sabatina com Aras na CCJ deve acontecer na semana do dia 25. Depois de passar por lá, o nome dele vai à votação secreta no plenário, onde precisa do apoio de pelo meno 41 senadores. Caso aprovado, Aras assume um mandato de dois anos, podendo ser reconduzido uma vez.

*Com informações do repórter Levy Guimarães 

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