Argentina recorre ao FMI para tentar impedir desvalorização cambial

  • Por Jovem Pan
  • 09/05/2018 08h00
EFE/Laurent Gillieron Macri disse que recorrer ao FMI é o único caminho possível para equilibrar o déficit nas contas públicas

De volta ao passado. A Argentina vai recorrer novamente ao FMI para tentar conseguir apoio financeiro para assegurar alguma estabilidade e no mercado. É uma tentativa de frear a crise cambial no país.

Isso diante da forte pressão do dólar frente a outras moedas decorrente da expectativa da alta dos juros dos EUA, tanto pelo crescimento da economia americana, como pelos fatos geopolíticos determinados por Donald Trump.

Tem a questão comercial, o protecionismo que pode levar a uma guerra comercial com a China, já teve a questão com a Coreia do Norte, que agora perdeu um pouco a força e mais recente que produziu essa nova onda de alta do dólar que é a decisão do sair do acordo nuclear com o Irã.

O objetivo do presidente Mauricio Macri é pegar uma empréstimo de US$ 30 bilhões de dólares da instituição.

Macri disse que recorrer ao FMI é o único caminho possível para equilibrar o déficit nas contas públicas deixado pela ex-presidente Cristina Kirchner: “o problema que temos é que somos um dos países do mundo que mais depende de financiamento externo, fruto do enorme gasto público que temos e que estamos colocando em ordem”, disse.

O governo reforça que o programa econômico proposto por Macri é gradual, e que já permitiu a retomada de empregos e a diminuição da pobreza. Durante uma coletiva, o ministro da Fazenda, Nicolás Dujovne, explicou que o crescimento das taxas de juros e a desvalorização do peso em relação ao dólar são as principais razões para o pedido ao FMI.

“Há um processo de valorização do dólar em relação às demais moedas, do qual a Argentina faz parte. Estamos integrados ao mundo com todos os seus benefícios, e isso nos permite integrar as cadeias de valor e poder importar e exportar máquinas, mas também significa que estamos expostos à volatilidade dos mercados”, disse Dujovne.

O dólar iniciou a terça-feira cotado em 23 pesos e cinquenta e, logo após o anúncio de Macri, caiu para 22.

Em nota, a diretora-gerente da instituição, Christine Lagarde, confirmou que já iniciou as conversações com o presidente Maurício Macri a respeito do financiamento para a Argentina.

Com informações de Denise Campos de Toledo e Nanny Cox ao Jornal da Manhã

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