Arrecadação virtual patina nos primeiros dias

  • Por Jovem Pan
  • 04/06/2018 08h10 - Atualizado em 04/06/2018 10h31
Marcelo Camargo/Agência Brasil Marcelo Camargo/Agência Brasil Pré-candidatos a qualquer um dos cargos em disputa poderão arrecadar, desde que os recursos não sejam usados antes do início da campanha, no dia 15 de agosto

Após duas semanas de arrecadação virtual para as campanhas eleitorais, apenas uma pequena parcela dos sites autorizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu doações. Esta é a primeira vez que a modalidade de financiamento coletivo é utilizada.

Pela nova legislação, pré-candidatos a qualquer um dos cargos em disputa poderão arrecadar, desde que os recursos não sejam usados antes do início da campanha, no dia 15 de agosto.

Para o advogado e especialista em direito eleitoral, Alberto Rollo, existem dois motivos para que a novidade não tenha tido muito sucesso até agora. “Primeiro, é o descredito da política nacional. É difícil convencer o eleitoral que ele tenha que tirar dinheiro do seu bolso e dar para qualquer candidato. O segundo motivo também é a desinformação. É importante lembrar que esse tipo de arrecadação vai direto para o candidato”, disse Rollo.

O especialista ressalta que a “vaquinha virtual” é uma modalidade nova e leva um tempo para o eleitor se acostumar. Mas a medida que a população vai se acostumando, a tendência é aumentar esse tipo de arrecadação.

“Convenhamos, usar dinheiro público para campanha eleitoral, principalmente quando sabemos que a divisão não é proporcional, parece ruim. Então é melhor a vaquinha virtual porque o eleitor da dinheiro para o candidato que ele acreditar, que ele quiser”, salientou.

Para o advogado, os candidatos mais organizados terão mais chances de arrecadar via vaquinha virtual. O líder da arrecadação até agora é o partido Novo, que optou por não usar verba nem do Fundo Eleitoral e nem do Partidário nas disputas de 2018.

*Com informações da repórter Natacha Mazzaro

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