Articulações pela reforma da Previdência ainda não atingem o efeito esperado
O Governo tem apenas uma semana para chegar aos 308 votos para aprovar a Reforma da Previdência na Câmara. As articulações, que têm sido intensas, ainda não surtiram o efeito esperado.
O número de votos divulgado por líderes governistas pouco avançou desde a semana passada: cerca de 270.
Três partidos já fecharam questão a votar a favor das mudanças na Previdência: depois do PTB e do PMDB na semana passada, foi a vez do PPS. Nos próximos dias, outras legendas vão definir se fazem o mesmo, como o PSDB e o PRB.
Convencer os 46 deputados tucanos vai ser a primeira grande missão do governador Geraldo Alckmin no comando do partido, mas parte da bancada resiste em votar. O mesmo ocorre com o PSD, partido do ministro da Fazenda Henrique Meirelles.
Segundo o vice-líder do Governo na Câmara, Beto Mansur (PRB), a hora é de investir nos indecisos: “você tem por volta de 100 indecisos, se tivermos percentual retirando eles e levando eles a votar a favor, vamos ter êxito”.
A oposição conta com o argumento de que votar a favor da reforma pode prejudicar os deputados com pretensões eleitorais para 2018, como indicou o líder do PT, deputado Carlos Zarattini: “articulamos esse final de semana aqueles que estão em dúvida, que vão votar a favor, eles serão lembrados desde já. Não queremos ficar xingando deputado, queremos que eles votem contra”.
O presidente da Câmara Rodrigo Maia pretende colocar a matéria em discussão nesta quinta-feira (14). Vai ser uma forma de sentir se o clima no plenário estará favorável à aprovação.
*Informações do repórter Levy Guimarães
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