Ataque dos EUA na Síria foi “simbólico e sem efeito estratégico”, diz ex-embaixador
Os Estados Unidos realizaram bombardeios aéreos em conjunto com a França e o Reino Unido sobre a Síria, na noite desta sexta-feira (13). Foram atingidos três alvos descritos como locais de “capacidades químicas”. Os bombardeios foram a resposta prometida pelos Estados Unidos ao suposto ataque químico atribuído ao governo de Bashar al Assad em Duma, há pouco mais de uma semana.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o ex-embaixador Marcos Azambuja afirmou que todo uso de arma química é “execrável” e que “o repúdio a elas deve ser absoluto”.
Entretanto, a reação norte-americana, segundo Azambuja, foi um “ataque simbólico” e com efeito terrível às vítimas, mas sem “efeito estratégico maior”. “Apoio americano foi mais teatro que realidade. Estamos com reação mais veloz que averiguação dos fatos. Vamos reagir, mas vamos saber o que está acontecendo”, disse.
“O que não é fácil saber é quem é o responsável pelo uso de armas químicas neste quadro. Assad vem ganhando essa guerra civil, a um custo altíssimo, claro. Não faz sentido que ele use essas armas para causar reação internacional”, defendeu o ex-embaixador.
Segundo o ex-embaixador, em vez de reuniões, o Conselho de Segurança da ONU deveria enviar forças à Síria para averiguar a situação e, assim, tentar descobrir o que ocorre na região e, talvez, quem é o responsável pelo ataque químico.
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