‘Ateu que praticava o mandamento mais importante, o do amor ao próximo’, diz viúva de Boechat
“Ateu que eu conheço que mais praticava o mandamento mais importante. O do amor ao próximo”. A fala foi da viúva de Ricardo Boechat, Veruska Seibel Boechat, na manhã desta terça-feira (12), no Museu da Imagem e do Som, na zona sul de São Paulo, onde o jornalista é velado.
“Nunca vi alguém tão preocupado em ajudar o outro que nem ele. Eu falava ‘cheio de cristão que não ajuda as pessoas’. Todo mundo que é próximo pode confirmar isso, no trabalho às vezes vinha em forma de raiva e briga, mas era um coração… preocupado em ajudar as pessoas. Uma pessoa sem luxo, sem nada. Tudo de bom que ele conquistou na vida era pra mim, para as filhas, para os filhos, tenho muito orgulho dele”, disse a “doce Veruska”, como era chamada carinhosamente pelo marido.
Ela, que está sem o celular desde ontem, não soube informar mais detalhes sobre o que ocorrerá após o velório, e confirmou apenas que Boechat será cremado, porque “ele sempre quis” assim.
O velório no MIS segue aberto ao público até as 14h, mas a cremação ocorrerá em cerimônia fechada para a família.
O jornalista foi uma das vítimas fatais do helicóptero que caiu no Rodoanel no início da tarde. Ele tinha 66 anos e atuava como âncora de telejornais na Band e na rádio BandNews FM.
De acordo com a Polícia Militar, a aeronave tentou fazer um pouso de emergência no acesso que sai do Rodoanel para a Anhanguera, na chegada a São Paulo, e foi atingida por um caminhão que saía do pedágio.
O motorista do veículo teve apenas escoriações leves e, após receber atendimento, foi encaminhado ao distrito policial para prestar depoimento. Ainda segundo a PM, o helicóptero estava registrado em nome de uma empresa cujo dono era o próprio piloto, Ronaldo Quattrucci, que também morreu.
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