Atirador que matou 10 pessoas na Alemanha deixou manifesto racista
O atirador que matou dez pessoas na noite da quarta-feira (19), em Hanau, subúrbio de Frankfurt, na Alemanha, deixou um manifesto de 24 páginas em que pede o “extermínio de raças inferiores”, o que inclui pessoas originárias de países turcos como Marrocos, Egito, Iraque, Índia, Líbano, Paquistão e Afeganistão.
Além do documento, a polícia alemã também encontrou na casa do atirador, identificado como Tobias Rathjen, de 43 anos, um vídeo que mistura insultos extremistas, frases de Adolf Hitler e teorias da conspiração.
No vídeo, falado em inglês, Rathjen avisa aos americanos que eles estão sob o controle de “sociedades secretas invisíveis” e fala sobre “bases militares” onde “eles abusam, torturam e matam criancinhas”.
O procurador-geral alemão, Peter Frank, descreveu a retórica de Rathjen como “um conjunto de ideias confusas e teorias da conspiração mirabolantes”. Segundo Peter Neumann, pesquisador do Centro Internacional de Estudos da Radicalização, teorias paranoicas da conspiração têm sido cada vez mais comuns entre os extremistas.
Nesta quinta-feira (20), a chanceler alemã, Angela Merkel, condenou o extremismo. “Existem muitas evidências de que o autor agiu por motivos racistas e xenófobos. Por ódio contra pessoas de outras origens, outras crenças ou outras aparências. O racismo é um veneno, o ódio é um veneno”, afirmou a chanceler.
Segundo Rita Katz, do Site Intelligence Group, que monitora atividades online de organizações supremacistas, o manifesto de Tobias Rathjen foi atualizado em 22 de janeiro e não dá nenhuma indicação dos ataques.
*Com informações de Estadão Conteúdo.
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