Ato por volta às aulas reúne pais e alunos na porta da casa de Covas

Com carro de som e faixas, cerca de 50 pais de alunos questionavam porque outros setores estão funcionando normalmente

  • Por Jovem Pan
  • 14/01/2021 10h52
Secretaria de Educação de São Paulo / Divulgação Aluno em aula na pandemia Conselho Estadual da Educação de São Paulo determinou que os alunos terão de frequentar pelo menos um terço das atividades

A Prefeitura de São Paulo deve anunciar nesta quinta-feira, 14, se as escolas públicas e privadas da capital retomarão as aulas no dia 1º de fevereiro, data prevista pelo governo do Estado. Nesta quarta-feira, integrantes do movimento Escolas Abertas fizeram um protesto em frente à casa do prefeito Bruno Covas, na zona oeste da cidade. Com carro de som e faixas, cerca de 50 pais de alunos questionavam porque outros setores estão funcionando normalmente, como bares, shoppings e restaurantes, e as escolas continuam fechadas.

Para a fundadora do movimento, Lana Romani, manter as crianças em casa por tanto tempo já está causando graves problemas de saúde mental. “Eles ficaram mais estressados, começaram a ter agitação, dormir mais tarde, engordaram. Não estou nessa luta pelos meus filhos. Eu estou nessa luta pelos três milhões que não tem as condições dos meus filhos, porque essa conta vai chegar na sociedade.” Durante o ato, o Ricardo Florencio, que é pai de três crianças, fez um apelo à Prefeitura. “O que eu falo como cidadão: Se a gente tem interesse em ser um país diferenciado, precisamos investir na educação. A escola estadual está pronta para funcionar. Por que não as municipais e particulares? Não tem lógica isso.”

Nesta quarta, o Conselho Estadual da Educação de São Paulo determinou que os alunos terão de frequentar pelo menos um terço das atividades escolares de forma presencial por mês. A frequência será obrigatória em todos os níveis, do ensino infantil ao médio. Apenas estudantes do grupo de risco poderão estudar de forma remota, caso tenham atestado médico. No entanto, a medida ainda depende da decisão das prefeituras. O secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, voltou a afirmar que poderá entrar na Justiça contra prefeitos que se negarem a reabrir as escolas em fevereiro. “Precisa ter a justificativa epidemiológica. Dizer que vai esperar a vacinação não é justificativa.” O governo paulista também anunciou nesta quarta um investimento de R$ 1,5 bilhão na compra de equipamentos tecnológicos para escolas, professores e alunos.

*Com informações da repórter Letícia Santini

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