Audiência na Câmara discute continuidade do programa Minha Casa, Minha Vida
O ministro do Desenvolvimento Regional afirmou que o programa só tem recursos suficientes até junho
Representantes da indústria da construção civil e de movimentos sociais alegam que o programa Minha Casa, Minha Vida é fundamental na geração de emprego e renda no país. Durante audiência pública na Câmara dos Deputados as entidades defenderam a continuidade dos financiamentos.
Na quarta-feira (24), o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, afirmou que o programa só tem recursos suficientes até junho.
O presidente da Federação Nacional de Pequenos Construtores, Fabiano Zica, afirmou que o setor é capaz de mudar o quadro de desemprego no país, mas precisa de segurança jurídica. Já a coordenadora de Projetos da União Nacional por Moradia Popular, Evaniza Lopes Rodrigues, lembrou que as mortes de pessoas em áreas de risco são os resultados da falta de investimento em habitação.
Representantes do Governo federal, no entanto, afirmaram que as dificuldades do Minha Casa, Minha Vida começaram entre 2014 e 2015, junto a a atual crise econômica.
O diretor do Departamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço do Ministério da Economia, Igor Vilas Boas, disse que a programação é garantir os financiamentos previstos para este ano.
O orçamento deste ano do Minha Casa, Minha Vida é de pouco mais de R$ 4 bilhões, um dos menores desde que o programa foi criado, em 2009. Um repasse extra de R$ 800 milhões foi liberado pela Casa Civil e pelo Ministério da Economia, o que garante os investimentos até junho.
No entanto, segundo o governo, mais R$ 800 milhões seriam necessários para cumprir os contratos previstos até o fim do ano.
*Informações da repórter Natacha Mazzaro
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