Ausência de incentivos fiscais e de transparência prejudicam cultura de doações no Brasil

A avaliação é da presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social

  • Por Jovem Pan
  • 22/04/2019 07h39
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Marcello Casal Jr/Agência Brasil Especialistas recomendam que sejam feitos cálculos antes de pedir a revisão dos valores A presidente do Idis, Paula Fabiani, destacou que o Brasil está bem atrás de outros países quando o campo é transparência das doações

A ausência de incentivos fiscais e de transparência na destinação de recursos contribui, mas não é o único fator por trás da falta de cultura de doações no Brasil. A avaliação é da presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, o Idis, Paula Fabiani.

Os esforços de reconstrução da catedral de Notre-Dame, na França, já reuniram doações da ordem de 800 milhões de euros.

Por trás dessas contribuições estão os proprietários de grandes conglomerados de marcas de luxo, como Louis Vuitton e Gucci.

É um ato nobre, ainda que não desinteressado – já que é possível deduzir até 60% dos valores do imposto de renda.

A presidente do Idis, Paula Fabiani, destacou que o Brasil está bem atrás de outros países quando o campo é transparência das doações. Por outro lado, ela apontou que falta também uma cultura de solidariedade entre os potenciais grandes doadores do Brasil.

Paula Fabiani lembrou que casos como o do desastre de Brumadinho, não exigiram doações formais, mas poderiam ter uma mobilização independente.

Desde o ano passado, o Brasil conta com a chamada lei dos endowments que busca facilitar o investimento privado em instituições de interesse público, como museus. Nessa modalidade, os interessados criam um fundo, com aplicações em mercado e os rendimentos financiam a entidade beneficiada diretamente.

*Informações do repórter Tiago Muniz

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