Autônomos veem futuro incerto com agravamento de pandemia
Trabalhadores autônomos já sentem os impactos da crise do coronavírus no Brasil. O faturamento começou a cair, principalmente, desde segunda-feira (16) — quando muitas empresas orientaram os funcionários a trabalhar de casa.
Com isso, taxistas, motoristas de aplicativo e comerciantes viram despencar a procura pelos produtos e serviços que oferecem.
O número de corridas do taxista Fernando José Lino caiu expressivamente nos últimos dias. “Esses dois dias de segunda e terça foi caótico. Fiz duas corridas na terça em mais ou menos 8 horas de trabalho. Hoje, quarta, fiz uma corrida só.”
A situação não foi diferente para o motorista de aplicativo Reginaldo Menezes. “Trabalho em torno de 30 a 40 corridas, mas desde segunda pra cá… Na terça fiz 4 corridas, hoje só 2 corridas.”
As vendas de pastéis na barraca da Luzia Ângela caíram de 200 por dia para apenas 20. Ela pretende fechar o ponto enquanto a crise durar. “Eu vou trabalhar com essa mercadoria que tenho e fechar. Essa é minha última semana praticamente.”
Na terça-feira (17), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo analisa conceder uma ajuda financeira para os trabalhadores informais. A equipe econômica também estuda permitir que as empresas suspendam contratos de trabalho por 60 dias.
Durante este período, os trabalhadores poderiam ter acesso ao seguro-desemprego.
*Com informações da repórter Nicole Fusco
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