Autora do livro ‘Tragédia em Mariana’ critica fiscalização de barragens e não descarta novo rompimento

  • Por Jovem Pan
  • 28/01/2019 06h40
Antonio Lacerda/EFE Pouco tempo depois do lançamento do livro, a jornalista recebeu com indignação a notícia de um novo rompimento, desta vez em Brumadinho

Há menos de três meses, a jornalista Cristina Serra lançava o livro “Tragédia em Mariana – A história do maior desastre ambiental do Brasil”. A data marcava os três anos do rompimento da Barragem de Fundão e da enxurrada de lama que destruiu o distrito de Bento Rodrigues.

Pouco tempo depois do lançamento do livro, a jornalista recebeu com indignação a notícia de um novo rompimento, desta vez em Brumadinho. Cristina afirma que é preciso, antes de tudo, investigar se a Vale cumpriu todas as normas de segurança, assim como averiguar se houve fiscalização por parte do poder público.

A jornalista destacou ainda que as instalações da mineradora, assim como o local onde estava a sirene de alerta, ficavam no caminho da lama.

Além disso, Cristina aponta que as mineradoras têm um grande poder econômico e político e que, em alguns casos, as prefeituras tornam-se reféns das empresas. Ela lembrou ainda que após a tragédia de Mariana, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou uma mudança que tornava a Lei de Licenciamento ambiental menos rigorosa.

Ainda de acordo com Cristina, o rompimento da barragem de Brumadinho era uma tragédia anunciada e a jornalista não descartou a possibilidade de um novo rompimento.

*Informações da repórter Larissa Coelho

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