Autoridades preparam operação de guerra contra nuvem de gafanhotos no Sul

O Ministério da Agricultura deve liberar R$ 600 mil para auxiliar no combate à nuvem de gafanhotos

  • Por Jovem Pan
  • 23/07/2020 06h47 - Atualizado em 23/07/2020 09h48
Divulgação/Governo de Córdoba A primeira nuvem de gafanhotos foi localizada em maio, mas o fenômeno só chamou a atenção de produtores brasileiros a partir de junho, quando passou a existir um risco real da entrada dos insetos no Brasil

Com a possível chegada de uma nuvem de gafanhotos ao Rio Grande do Sul, o governo e o setor agrário já se unem para evitar possíveis danos às lavouras e plantações. O plano de combate aos insetos pode contar, caso necessário, com uma frota de até 400 aviões para a aplicação de agrotóxicos, liberada pelo Ministério da Agricultura.  Cerca de 70 aeronaves já estão posicionadas em locais estratégicos, prontas para uso. Segundo o diretor-executivo do Sindicato Nacional das empresas de Aviação Agrícola, a situação tem deixado os produtores rurais apreensivos. Gabriel Colle ressalta que a aviação é apenas um dos meios para resolver o problema.

O Ministério da Agricultura deve liberar R$ 600 mil para auxiliar no combate à nuvem de gafanhotos. A promessa foi feita durante reunião realizada em Brasília nesta quarta-feira (22), entre a ministra Tereza Cristina e o secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho. Segundo os sistemas de monitoramento, os insetos continuam se movimentando.  Atualmente, eles estão a cerca de 10 quilômetros da fronteira da Argentina com o Uruguai e a 100 quilômetros de Barra do Quaraí, no Rio Grande do Sul.  O risco de chegar ao estado ainda existe, já que em um dia os insetos podem se locomover mais de 150 quilômetros.

A primeira nuvem de gafanhotos foi localizada em maio, mas o fenômeno só chamou a atenção de produtores brasileiros a partir de junho, quando passou a existir um risco real da entrada dos insetos no Brasil. Em julho, outras duas ondas de insetos localizadas no Paraguai e Argentina passaram a preocupar as autoridades brasileiras e dos países vizinhos.

*Com informações da repórter Letícia Santini

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