Autoridades reforçam policiamento e investigam plano de fuga em presídio do Pará
A Polícia Militar do Pará reforçou o policiamento preventivo no Centro de Recuperação Penitenciário, o CRPP 3, palco de uma tentativa de fuga frustrada que terminou com 21 pessoas mortas.
Dos seis agentes prisionais atingidos durante o ataque, um morreu, três permanecem internados com quadro de saúde estável e dois receberam alta.
A polícia ainda investiga a ação, mas a informação preliminar é de que o plano de fuga já estava sendo organizado pelo menos há dois meses.
O coordenador de Política Penitenciária da Comissão de Segurança Pública da OAB no Pará, Antônio Graim Neto, parabenizou a atuação dos agentes, mas cobrou prevenção desse tipo de ataque: “o que a sociedade precisa tomar conhecimento é a verdadeira circunstância desse atentado contra a unidade prisional e de que forma o Estado está preparado para conter essas ações de forma preventiva. Porque de formas repressiva a unidade de contenção demonstrou boa atuação”.
Na terça-feira, detentos contaram com a ajuda de criminosos do lado de fora do presídio para orquestrar uma fuga da carceragem.
Um muro foi destruído com explosivos e, de acordo com a Secretaria de Segurança do Pará, os bandidos estavam fortemente armados.
A polícia encontrou quatro fuzis, uma carabina, uma submetralhadora, duas espingardas, duas pistolas, uma arma caseira, dois coletes, munições e facas.
Na quarta-feira, uma mulher que assumiu ter ajudado os criminosos durante o plano foi presa em flagrante. Wanderleia Reis da Silva foi detida com cerca de R$ 3 mil, armamento ilegal e um caderno com anotações sobre o crime.
Depois do motim, os corpos foram encaminhados para o IML de Belém e o de Castanhal, onde aguardam reconhecimento das famílias.
*Informações da repórter Marcella Lourenzetto
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