Avaliação do FMI valida apelos de Greta Thunberg sobre questão climática

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 21/01/2020 08h19 - Atualizado em 21/01/2020 09h12
EFE Greta Thunberg em Davos A entidade ainda reviu para baixo suas perspectivas de crescimento para o planeta em 2020 e 2021

Os debates sobre as mudanças climáticas estão entre os principais eventos de mais um Fórum Econômico Mundial em Davos. A reunião de líderes financeiros e políticos teve início nesta terça-feira (21) no resort suíço com uma agenda completa sobre os impactos do aquecimento global.

O evento foi aberto pela ativista sueca Greta Thunberg, que participou de um painel ao lado de outros ativistas adolescentes. Thunberg voltou a pedir que os governos ao redor do mundo tratem a emergência climática de forma séria e que comecem a agir.

A adolescente sueca reconheceu, no entanto, que o movimento iniciado por ela 18 meses atrás ganhou forte repercussão e que outras lideranças da mesma faixa etária emergiram ao redor do planeta.

Os apelos de Thunberg foram corroborados por uma avaliação do Fundo Monetário Internacional anunciada na segunda-feira (20). Para o FMI, a economia global está cada vez mais vulnerável aos impactos das mudanças climáticas.

A entidade ainda reviu para baixo suas perspectivas de crescimento para o planeta em 2020 e 2021.

O FMI alertou para a necessidade que os governos avancem mais para reduzir as emissões de carbono investindo em uma infraestrutura verde. Para o fundo, um dos principais riscos para suas previsões veio dos custos crescentes da crise climática e dos danos causados pelas políticas comerciais protecionistas.

Falando no assunto, aliás, o presidente americano, Donald Trump, pousou na manhã desta terça em Zurique e foi de helicóptero para Davos com sua comitiva. Os governos europeus estão em alerta para a postura que o chefe da Casa Branca deve tomar durante o encontro.

Além de não ser lá um grande apoiador das mobilizações para combate das mudanças climáticas, Trump ainda está jogando pesado com políticas protecionistas. O temor é de que os Estados Unidos agora voltem sua retórica contra a União Europeia depois de ter chegado a um entendimento com a China.

Trump tem atacado o continente há bastante tempo e em diversas frentes — desde a disputa entre Boeing e Airbus — passando pelas indústrias do alumínio e até as montadoras de veículos.

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