Bachelet denuncia 57 novos casos de execuções e tortura na Venezuela

  • Por Jovem Pan
  • 10/09/2019 07h04 - Atualizado em 10/09/2019 10h31
Antônio Cruz/ABr Antônio Cruz/ABr Apesar disso, ela ponderou que 83 prisões arbitrárias foram revertidas

A alta comissária das Organizações das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, denunciou novos casos de execuções extrajudiciais, torturas e maus-tratos na Venezuela. O relatório sobre violações cometidas pelo governo de Nicolás Maduro foi apresentado em sessão da ONU em Genebra.

De acordo com a ex-presidente chilena, apenas no mês de julho, a ONG Monitor de Vítimas identificou 57 novos casos. Bachelet também indicou que o Alto-Comissariado documentou episódios de tortura e maus-tratos, tanto físicos como psicológicos, de pessoas arbitrariamente privadas de liberdade, em particular de militares.

Em contrapartida, o relatório apontou que 83 pessoas, cujas prisões haviam sido consideradas arbitrárias, foram libertadas pelo governo Maduro.

Um primeiro parecer foi apresentado por Bachelet no dia 4 de julho, no qual ela denunciou a “erosão do Estado de direito” e alertou que as sanções internacionais agravaram a crise no país.

A Venezuela vive a pior crise econômica, política e humanitária dos últimos tempos, com desabastecimento de comida, quedas constantes de energia e hiperinflação. Desde o início de 2016, quase quatro milhões de venezuelanos deixaram o país.

*Com informações da repórter Natacha Mazzaro

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.