Baleia Rossi é eleito novo presidente nacional do MDB

  • Por Jovem Pan
  • 07/10/2019 06h53 - Atualizado em 07/10/2019 09h53
Reprodução/Twitter Reprodução/Twitter Ele é autor de uma das propostas de reforma tributária atualmente em tramitação

O deputado Baleia Rossi foi eleito o novo presidente do MDB por ampla maioria de votos durante convenção do partido em Brasília. A promessa é de dar uma cara nova à legenda mesmo com tantos nomes ligados aos velhos caciques. Ele é filho do ex-ministro Wagner Rossi, trabalhou no Congresso pela aprovação da reforma da Previdência e é autor de uma das propostas de reforma tributária em discussão na Câmara.

Rossi já avisou que uma das primeiras ações como presidente do partido será conversar com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para quem pretende apresentar uma proposta para garantir a geração de empregos nos mais de 5 mil municípios brasileiros.

“Nós vamos propor uma grande frente de trabalho, trabalho simples, de zeladoria, cuidar da cidade, varrer rua, cuidar das praças, para que, emergencialmente, possamos criar mais de um milhão de empregos no Brasil. Dinheiro, para isso, há. Nós temos muitos fundos que tem recursos que não são utilizados para nada”, afirmou. Só o Fundo Penitenciário (FUPEN), por exemplo, no último ano liberou apenas 6% dos R$ 1 bilhão disponíveis. Segundo Rossi, não há porque ter dinheiro parado enquanto há população sofrendo.

Para o partido, é preciso superar a derrota nas urnas do ano passado. Durante a convenção do MDB, o discurso foi da necessidade de mudança de atitude e de renovação. A avaliação é de que o partido assumiu a presidência, depois do impeachment da ex presidente Dilma Rousseff (PT), em um momento muito complicado, com o país “à beira de um precipício”.

As medidas duras que foram tomadas, segundo a legenda, amenizaram a situação, mas a população não aceitou bem a necessidade das reformas e, por isso, o partido teria  pagado a conta nas últimas eleições. Rossi continua afirmando que o MDB é o maior partido do país. O ex-presidente da legenda, Romero Jucá, garante que a sigla “aprendeu com o recado das urnas”. Segundo ele, só existe um caminho: união e trabalho.

Já o ex ministro do governo do ex-presidente Michel Temer, Carlos Marun, admite dificuldades, mas disse acreditar que o partido vai recuperar a força nas eleições municipais do ano que vem. “Obviamente que não dá para se comparar o MDB no tempo que existia quatro, cinco partidos, com o MDB de hoje, onde existem 30 partidos disputando voto. Mas sem dúvida alguma nós vamos sair da eleição ainda como partido que tem, como seu filiado, o maior número de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores do país.”

*Com informações da repórter Luciana Verdolin 

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