Bancada do agro tenta unificar projetos que pedem CPI do MST para poder oferecer apoio
Salles, Zucco e Kataguiri têm propostas distintas de investigação; grupo possui cerca de 300 parlamentares e são necessários 171 votos para abrir uma comissão parlamentar na Câmara
Três requerimentos circulam na Câmara dos Deputados com o objetivo de recolher assinaturas para instalação da chamada CPI do MST. O documento do deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) é o mais avançado, com 130 adesões. Além dele, Ricardo Salles (PL-SP) já tem 102 assinaturas. Segundo ele, o objetivo da comissão parlamentar seria investigar financiadores do movimento, eventual envolvimento de autoridades públicas e se governos federal e estaduais se omitiram diante das ações do grupo. Já o deputado Kim Kataguiri (União-SP) quer investigar especificamente as ações do MST no sul da Bahia no início deste mês. Nesta terça-feira, 14, parlamentares da bancada do agronegócio querem intensificar as articulações para a CPI. A expectativa é de que o presidente do grupo, o deputado Pedro Lupion (PP-PR), converse com Salles, Zucco e Kataguiri para unificar os requerimentos, conferindo o apoio da bancada a essa proposta final. A bancada do agro é composta por cerca de 300 parlamentares e para abrir uma CPI são necessárias 171 assinaturas.
O MST retomou a pauta política depois de integrantes do movimento invadirem fazendas no sul da Bahia. Segundo Zucco, existe uma suposta influência do governo na atuação do movimento. No entanto, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, busca resolver a questão entre o MST e a empresa produtora de papel e celulose que é dona da fazenda invadida na região. Uma reunião está prevista para a próxima quinta-feira, 16, com representantes das partes envolvidas em uma mesa de negociação para retomar o diálogo suspenso em 2016 e chegar a um acordo sobre a destinação de terras da empresa.
*Com informações da repórter Berenice Leite
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