Bancada evangélica diz respeitar trabalho de Ribeiro, mas vê ‘gravidade’ em áudios vazados

Líder da frente parlamentar, que tem 112 deputados e 11 senadores, Sóstenes Cavalcante disse acreditar na idoneidade do ministro da Educação, mas esperar que tudo seja devidamente investigado e esclarecido

  • Por Jovem Pan
  • 24/03/2022 12h18 - Atualizado em 24/03/2022 12h59
LUCIANO FREIRE/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Ministro da Educação, Milton Ribeiro, durante coletiva do INEP Ministro da Educação, Milton Ribeiro, envolvido em escândalo com vazamento de áudios no qual diz que deve atender a pedidos de pastores amigos de Bolsonaro

A bancada evangélica aguardou um dia antes de se manifestar sobre a polêmica do áudio que envolve pastores e o ministro da Educação, Milton Ribeiro. Após uma conversa com o ministro, o líder da bancada, o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-AL), falou que, em nome dos 112 deputados e 11 senadores, expressaria o sentimento da maioria de respeito ao histórico do ministro e ao governo: “Entendemos que a nota apresentada até o momento não é suficiente para que tudo fique devidamente esclarecido”, disse

“A frente parlamentar evangélica nunca nomeou nenhum ministro dos cinco ministros que atualmente são evangélicos no governo Bolsonaro. Não houve indicação, nenhum dos nomes é indicação da frente parlamentar evangélica, e sim, honrosamente, foram escolhidos pelo presidente Jair Bolsonaro. Digo honrosamente porque em nenhum dos outros governos passados os evangélicos foram tão valorizados e respeitados como no atual governo. Entendemos que os áudios são sérios, que precisam ser altamente esclarecidos, em especial pelo ministro Milton Ribeiro, que tem daa mpla maioria dos parlamentares da frente parlamentar evangélica a fé e idoneidade do seu trabalho até o presente momento, mas entendemos que a nota apresentada até o momento não é suficiente para que tudo fique devidamente esclarecido”, disse Cavalcante.

O deputado disse que o amplo direito da defesa e a presunção de inocência valem para todo cidadão brasileiro, inclusive o ministro, e reforçou que, caso fique comprovado o ato ilegal, que a bancada não será complacente. Mas ele também disse que espera que seja uma denúncia infundada: “Espero que o tempo com as apurações devidas possa inocentar, em caso de inocente, os envolvidos e se, em caso de ficar provado algum ato ilícito, que sejam exemplarmente punidos, porque nós não seremos coniventes com erros de quem quer que seja. Sóstenes Cavalcante ainda destacou que há alinhamento da bancada com o governo Bolsonaro nos assuntos ideológicos e que são os evangélicos são maiores interessados no esclarecimento dos fatos.

*Com informações da repórter Katiuscia Sotomayor

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