Barcelona lembra um ano de atentado que deixou 16 mortos

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 17/08/2018 09h17
EFE Hoje, a cidade realiza uma série de homenagens às vítimas com a rambla sendo o centro dos principais eventos para marcar a data

Barcelona marca nesta sexta-feira (17) o aniversário de um ano do ataque terrorista em um dos principais pontos turísticos da cidade. Em 17 de agosto de 2017 um terrorista invadiu a rambla da cidade, um boulevard muito famoso fechado apenas para pedestres.

Depois de percorrer 600 metros com uma van, o extremista islâmico deixou 16 mortos e mais de 150 feridos.

Hoje, a cidade realiza uma série de homenagens às vítimas com a rambla sendo o centro dos principais eventos para marcar a data.

Mas os espanhóis – e catalães – também aproveitam para questionar a resposta dada pelas autoridades para prevenir novos ataques.

Um dia depois do atentado em Barcelona, um novo ataque em Cambrils, também na Catalunha, no mesmo estilo, usando um automóvel comum para tentar matar pedestres, confirmou que quanto menos sofisticadas as ações terroristas, mais difícil se torna combatê-las.

No mesmo período, uma explosão em um imóvel da região confirmou que a célula terrorista que operava na Catalunha ainda planejava algo maior, preparando artefatos caseiros com alto poder de destruição – algo que a cidade de Manchester, aqui na Inglaterra, tinha vivido cerca de três meses antes.

Medidas administrativas, como dificultar o aluguel de carros, compra de chips de celular e reserva de imóveis de temporada na Espanha foram tomadas nos últimos meses.

O principal desafio, no entanto, parece longe de ser resolvido. Evitar que jovens se radicalizem pelo discurso extremista a ponto de aceitar matar inocentes e morrer em nome de uma discutível causa.

Bélgica, Inglaterra, França, Alemanha, são apenas alguns países que têm fabricado terroristas em larga escala e sofrem com isso nos últimos anos.

Os investimentos em inteligência e proteções físicas são evidentes. Já os de integração e trabalho social para evitar que o discurso mórbido dos radicais influencie os incautos ainda parecem mais insipientes.

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