Base acredita que gravação de executivos da JBS enfraquece eventual denúncia contra Temer
As revelações do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e as gravações envolvendo o empresário Joesley Batista repercutiram rápido na Câmara. A Casa recebeu os novos fatos em meio à expectativa da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer.
A leitura feita por líderes da base aliada é de que as novidades fortalecem o presidente e podem enfraquecer a próxima denúncia.
Além disso, colocam em xeque a delação do dono da JBS, como indica o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB): “a primeira denúncia foi, efetivamente, fruto de processo que está vindo à tona. Portanto, se ele tem consciência, responsabilidade e certeza ele apresenta [a denúncia], se ele não tem, não espero que seja mais uma posição melancólica e incorreta do MP como foi na primeira denúncia”.
Já o discurso da oposição e de dissidentes da base é que as suspeitas sobre Joesley não amenizam a situação do Governo. Segundo esses parlamentares, as provas apresentadas pelo empresário não perdem validade.
O deputado Alessandro Molon (REDE) avaliou que a segunda denúncia vai seguir intacta: “as provas que vão subsidiá-la permanecem íntegras. O que teremos são talvez a revisão dos benefícios dados ao relator e eventuais novas investigações em relação a possíveis outros criminosos”.
A expectativa é que a Procuradoria-Geral da República envie a denúncia contra Temer até a semana que vem.
*Informações do repórter Levy Guimarães
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