Base deve trabalhar no recesso para ter votos em fevereiro, diz Maia sobre reforma da Previdência
Com a votação da reforma da Previdência marcada para o dia 19 de fevereiro na Câmara, há a expectativa do Governo em conseguir os votos para sua aprovação. Atualmente, o Planalto não possui os 308 votos necessários e, por isso, uma decisão ficou para o ano que vem, ainda mais com a chegada do recesso parlamentar.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), afirmou que será preciso trabalhar no recesso para que, em fevereiro, se tenham os votos necessários para que passe a reforma da Previdência.
“Os partidos da base com o Governo, e me incluo nisso, precisam trabalhar no recesso, cada uma das bancadas, para que logo que chegue fevereiro a gente já tenha os votos necessários. Antecipar recesso é impossível porque precisa de aprovação das duas Casas, e o Senado já está em recesso. Aqueles que tem intenção de votar a reforma da Previdência precisam desde já continuar trabalhando até o início de fevereiro. Tenho certeza que o Governo está fazendo e eu farei. A necessidade de votar é enorme”, disse.
Para Maia, o projeto reformulado, diferente daquele primeiro apresentado pelo Governo, já poderia ser aprovado: “a reforma não está tirando salário e nem aposentadoria de ninguém (…) Nada será colocado no texto que prejudique a reforma. O que precisamos é trazer a aposentadoria para mais tempo”.
Ao ser questionado se concessões em série não desencorajariam os deputados de votarem uma nova reforma daqui uns anos, Maia disse que não. “Se a economia de bilhões não for destruída, eu acho que não. A economia está dada. Você está trabalhando para servidores que já estão no sistema. O que nós estamos pedindo é que se trabalhe mais. A gente construir com todos, se a proposta puder ser reproduzida e não gerar nenhum prejuízo é o ideal para se ter votação em ambiente um pouco menos tensionado. Dialogar de forma transparente é nosso papel”.
Candidatura
Rodrigo Maia afirmou que sua expectativa é a reeleição na Câmara.
“Minha expectativa é ser candidato a deputado federal. É isso que tenho votos a disputar. Não tem pesquisa para eu pleitear algo que não fosse a Câmara dos Deputados. Neste momento, minha agenda está intensa, talvez deputado seja meu melhor caminho”, explicou.
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