Bebê morre e 16 pessoas ficam feridas após atropelamento em Copacabana, no RJ
Motorista invade calçadão, mata bebê e fere outras 16 pessoas na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O atropelamento ocorreu por volta das 20h30 desta quinta-feira (18) na Avenida Atlântica, altura da Rua Figueiredo Magalhães.
Segundo testemunhas, o veículo, um modelo da Hyundai, preto, surgiu pela avenida em alta velocidade, cruzou a ciclovia, subiu no calçadão, onde atingiu vários pedestres, e só parou após invadir a faixa de areia da praia.
Como era uma noite de muito calor, o passeio estava cheio naquele momento e pelo menos 17 pessoas foram atropeladas, incluindo crianças e até um bebê.
Houve pânico e desespero, e muitos turistas e moradores do local correram para ajudar a socorrer os feridos, que se espalhavam pelo chão.
Logo surgiram guardas civis e equipes de resgate do Corpo de Bombeiros, que fizeram os primeiros atendimentos. Nove vítimas foram levadas para o Hospital Miguel Couto, na Gávea, e outras sete para o Hospital Souza Aguiar, no Centro.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o médico Cristiano Chame, diretor geral do Hospital Miguel Couto, relatou as condições dos feridos: “uma está mais grave, outra com fratura exposta e demais vítimas terminando suas avaliações, mas todos orientados, lúcidos”.
Diretor Geral, Cristiano Chame, fala sobre estado das vítimas que chegaram ao Hospital Municipal Miguel Couto depois do acidente em #copacabana pic.twitter.com/iEEfF3t659
— Prefeitura do Rio (@Prefeitura_Rio) January 19, 2018
A 17ª vítima, a bebê, identificada como Maria Louise, de oito meses, foi encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento de Copacabana, mas acabou morrendo. Ela passeava com a mãe, Niedja da Silva Araújo, e com a avó, que mora no Recife.
O pai da criança, o motorista Darlan Rocha, foi à UPA e entrou em estado de choque.
Após o atropelamento, testemunhas tentaram agredir o motorista, identificado como Antonio de Almeida Anaquim, de 41 anos, mas foram impedidas pela Polícia.
Anaquim, que seria professor de informática e morador do Leblon, foi levado para a 12ª Delegacia de Polícia, em Copacabana, onde afirmou ao delegado Gabriel Ferrando ter simplesmente “apagado” após sofrer um ataque epilético.
Segundo a Polícia, dentro do carro foram encontrados medicamentos para tratamento de epilepsia.
De acordo com o Detran do Rio de Janeiro, Antônio de Almeida Anaquim está com a carteira de habilitação suspensa. Ele acumula 62 pontos por infrações e 14 multas nos últimos cinco anos. O motorista passou a madrugada prestando depoimento e também foi encaminhado ao Instituto Médico Legal para ser submetido a exames que irão detectar a quantidade de álcool no sangue.
‘*Informações do repórter Paulo Édson Fiore
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