Belo Horizonte teve o janeiro mais chuvoso da história

  • Por Jovem Pan
  • 03/02/2020 07h30 - Atualizado em 03/02/2020 09h29
WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO As chuvas ainda reviveram a dor do rompimento da barragem de Brumadinho, ocorrido em janeiro do ano passado

Após castigarem áreas da região Sudeste, as chuvas devem continuar em fevereiro. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, os temporais devem continuar na região durante a primeira quinzena do mês.

A causa é a formação de uma Zona de Convergência do Atlântico Sul, conhecida como ZACAS.

Segundo o meteorologista do Inmet, Cleber Souza, o volume de chuvas pode ultrapassar a média para o mês. “Os modelos meteorológicos não indicam uma trégua para Minas Gerais pelo menos para os primeiros 15 dias de fevereiro.”

Ao longo do mês de janeiro, diversos temporais castigaram o Centro-Sul e o oeste de Minas Gerais. Só em Belo Horizonte foram 932 milímetros de chuva em janeiro — quase o triplo da média esperada para o período. Agora, 101 cidades do Estado permanecem em situação de emergência.

O boletim da Defesa Civil de Minas Gerais divulgado neste domingo (2) contabiliza que mais de 50 mil pessoas ainda estão fora de casa — 56 mortes foram confirmadas no estado, além de 68 feridos.

As chuvas ainda reviveram a dor do rompimento da barragem de Brumadinho, ocorrido em janeiro do ano passado. A água do Rio Paropeba, contaminada pelo rejeito de minério, inundou casas e ruas em Juatuba.

Os moradores da cidade temem o contato com material tóxico, já que a água pode conter metais pesados.

No Espírito Santo, o número de pessoas que precisaram deixar suas casas chega a quase 15 mil. Até o final da última semana, 10 pessoas morreram o outras 10 ficaram feridas.

O Boletim Estadual de Proteção e Defesa Civil publicado neste fim de semana não indicou alertas nem avisos para o estado.

*Com informações da repórter Larissa Coelho

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