Benefícios de presidiários foram construídos para outro tipo de sociedade, diz presidente da ADPF

  • Por Jovem Pan
  • 16/05/2018 08h26 - Atualizado em 16/05/2018 08h29
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Divulgação/TJ-AL Benefícios que foram criados para uma sociedade que consegue construir presídios seguros, manter os indivíduos isolados, fazer algum tipo de ressocialização

A Justiça decretou a prisão de preventiva dos dois suspeitos pela morte do delegado da Polícia Federal, Mauro Sérgio Sales Abdo, no Morumbi, Zona Sul de São Paulo. O policial teve sua casa invadida, nesta segunda-feira e foi morto ao tentar reagir.

A juíza Tamara Priscila Tocci determinou que Renato Oliveira Pereira, de 33 anos, e Rubens Gomes de Sá, de 34, sigam na cadeia até que sejam julgados por latrocínio, que é roubo seguido de morte.

Um dos assaltantes, Renato Oliveira Pereira usufruía de saída temporária do Dia das Mães quando cometeu o crime.

Para o presidente da a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, Edvandir Paiva este caso não é isolado e a morte de Policias Federais vem acontecendo em todo o Brasil.

Na visão de Edvandir Paiva, é necessário uma mudança na legislação penal para que presos não possam sair da cadeia para cometerem assaltos e assassinatos.

“Nós temos problemas na legislação em si. A gente demora a ter uma condenação definitiva e, por outro lado, na execução nós temos benefícios que foram criados para uma sociedade que consegue construir presídios seguros, manter os indivíduos isolados, fazer algum tipo de ressocialização”, diz. “A gente não faz nada disso e acaba colocando pessoas na rua que vão colocar risco às vidas das pessoas”, diz.

 

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