Besta e facas utilizadas por assassinos em escola de Suzano foram compradas pela internet

  • Por Jovem Pan
  • 18/03/2019 07h00 - Atualizado em 18/03/2019 07h01
Estadão Conteúdo Tiroteio na escola estadual Raul Brasil, no Jardim Imperador, em Suzano, na Grande São Paulo, nesta quarta-feira (13) Colégio tentará retomar a rotina nesta semana

Após o ataque que deixou 10 mortos na última quarta-feira (13), a Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano (SP), vai tentar retomar a rotina nesta semana. Nesta segunda (18), o local será reaberto apenas para professores e funcionários que vão planejar as atividades de acolhimento e preparação psicológica para a chegada dos alunos.

Durante o fim de semana, três adolescentes vítimas do massacre receberam alta e deixaram o hospital. Samuel Silva Félix, José Vitor Ramos e Murillo Benites foram liberados no último sábado (16). Murillo, de 15 anos, estava internado no Hospital das Clínicas de São Paulo e Samuel foi socorrido para o Hospital Santa Maria, em Suzano. José Vitor Ramos, de 18 anos, também estava internado no Santa Maria depois de ser atingido por um machado, que ficou preso no ombro do jovem.

Besta comprada pela internet

A arma branca, junto com uma besta e facas, foram usadas por Luiz Henrique de Castro durante o ataque a Escola Estadual Raul Brasil, na última quarta. Ele e o adolescente Guilherme Taucci Monteiro adquiriram os produtos pelo Mercado Livre, um dos sites de compras online mais conhecido no país.

Na plataforma, existem mais de 10 páginas relacionadas à palavra “Besta”, com produtos que variam de cerca de R$ 100 reais até mais de R$ 3 mil. Quando digitada a palavra “faca” e “machado”, os primeiros resultados são canivetes, facas militares e machados de lenhador. Por meio de nota, o site esclareceu que os equipamentos comprados pelos agressores são usados em atividades legítimas, como arco e flecha, marcenaria e cutelaria.

Segundo a lei brasileira, como esses produtos estão encaixados na categoria de armas brancas, eles podem ser comercializados para maiores de 18 anos, como era o caso de Luiz Henrique de Castro. No entanto, o advogado especialista em direito do Consumidor, Arthur Rollo, ponderou que a venda desses produtos pela internet deveria ser proibida.

*Com informações da repórter Nanny Cox

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