Bibliotecário que matou duas mulheres em 2011 infringe regras e tem prisão preventiva decretada em SP
A Justiça decretou a prisão preventiva do bibliotecário Marcos Alexandre Martins acusado de atropelar e matar mãe e filha em 2011. A decisão foi proferida pela 13ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo na quinta-feira.
Os desembargadores estavam julgando um recurso colocado pela defesa do acusado.
Os advogados pediam a suspensão da sentença de pronúncia, que determina que o réu vá a júri popular.
Marcos Alexandre Martins respondia em liberdade pelas mortes da dona de casa Miriam Baltresca e da filha dela, a advogada Bruna Baltresca. Os crimes foram cometidos em setembro de 2011.
O acusado atropelou as duas enquanto trafegava em alta velocidade pela Marginal Pinheiros. Martins apresentava sinais de embriaguez, de acordo com o Ministério Público.
O réu chegou a ser preso, mas pagou fiança e foi liberado devendo cumprir algumas condições impostas pela Justiça.
Ele não poderia dirigir, não poderia frequentar locais que vendessem bebidas alcoólicas e deveria chegar em casa até as dez da noite.
O advogado Maurício Januzzi, assistente da acusação, tomou conhecimento de que o atropelador estava infringindo essas regras. Por isso, ele aproveitou o próprio recurso apresentado pela defesa para informar os desembargadores, que decidiram pelo pedido de prisão: “ele foi flagrado numa padaria bebendo cerveja após o horário em que deveria estar de volta à residência e isso foi juntado aos autos junto com o pedido de que fosse revogada a liberdade provisória”.
A decisão da Câmara deverá ser encaminhada à primeira instância, que expede o mandado de prisão preventiva. A expectativa é que isso ocorra nos próximos dias.
Ainda não há data para a realização do júri popular.
A reportagem não encontrou a defesa de Marcos Alexandre Martins.
*Informações do repórter Tiago Muniz
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