Bitcoin ultrapassa US$ 10 mil e anima investidores
A cotação da criptomoeda bitcoin voltou a subir e ultrapassou a barreira dos US$ 10 mil, repetindo o movimento registrado em 2017. As moedas virtuais se popularizaram nos últimos anos tendo o bitcoin como um dos maiores símbolos, inclusive de desconfiança.
A cripto chegou a ser negociada em US$ 11.250 mil nessa segunda-feira (24). Para o analista-chefe da XDEX, Fernando Ulrich, a valorização atual não repete o momento de dois anos atrás, quando havia muita excitação e pouco conhecimento sobre o que eram as criptomoedas.
“Depois da euforia que tivemos em 2017, o ano passado foi de correção. A gente acabou expurgando alguns excessos do mercado e agora ele começa a olhar com mais atenção para o bitcoin, começa a se dar conta que ele reúne alguns atributos realmente valiosos e que, por sinal, mesmo a moeda futura do Facebook nesse sentido não é concorrente ao próprio bitcoin”.
Na semana passada o Facebook anunciou um projeto para lançar uma carteira digital e uma cripto moeda, a Libra. A novidade agitou o mercado e mobilizou reguladores em diferentes países. Todos preocupados com os efeitos nocivos da falta de regras. A França, por exemplo, vai liderar uma força-tarefa com o G7 para estudar como os bancos centrais vão assimilar e criar leis para as cripto moedas.
Esse caminho é o mais saudável, na avaliação do advogado e professor do Insper, Rodrigo Borges, porque não impede o avanço dessa nova tecnologia.
“A maturidade que a gente tem nos últimos anos é muito mais nesse sentido: buscar regras e não tentar correr em paralelo. Estamos buscando uma regulação que seja positiva no sentido de trazer segurança sem inviabilizar o potencial dessa tecnologia”.
O Brasil vive essa mesma realidade. Por aqui os órgãos reguladores estão tentando criar regras para proteger os consumidores eu mercado, e ao mesmo tempo incentivar novos modelos.
Na próxima quarta-feira o Senado vai receber uma audiência pública para discutir a regulamentação das moedas digitais por aqui.
*Com informações do repórter Carlos Aros
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