BNDES amplia orçamento para crédito voltado a ações de sustentabilidade

Empresários que contratarem o benefício e cumprirem as metas pactuadas poderão ter redução nos juros, de 1,3% para 0,9% ao ano

  • Por Jovem Pan
  • 17/11/2022 06h46 - Atualizado em 17/11/2022 11h47
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FOTO: FABIO MOTTA/ESTADAO BNDES Fachada da sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Economico e Social (BNDES) no centro do Rio de Janeiro

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está ampliando para R$ 2 bilhões e estendendo até o final de 2024 o orçamento do Programa de Crédito Ambiente de Sustentabilidade e Governança (ASG). A iniciativa prevê também taxas de juros menores para os tomadores de crédito que adotarem práticas sustentáveis. Originalmente, o orçamento era R$ 1 bilhão e validade até o final de 2023. Segundo o banco, também foram criados novos indicadores de qualificação profissional e empregabilidade, educação básica, além de uma lista de certificações que foi revisada e ampliada, oferecendo mais alternativas ao cliente, com mais descontos. O Programa ASG tem como referência de custo a Taxa de Longo Prazo (TLP), a remuneração básica do banco de fomento de 1,3% ao ano e a Taxa de Risco do tomador do crédito, que depende do perfil de cada contratante. Caso a empresa cumpra as contrapartidas predeterminadas e atinja as metas ASG pactuadas com o banco, ela poderá obter uma redução na taxa de juros, de 1,3% para 0,9% ao ano. O anúncio do BNDES da ampliação da medida ocorre em meio à COP27, a conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) para o clima, que ocorre no Egito. O banco já havia anunciado, no início do evento, que pretende atingir a neutralidade em carbono até 2050 e fazer um inventário de emissões de projetos financiados por ele

“O BNDES acabou de anunciar a sua estratégia climática na COP27. Ele pretende ser neutro em carbono até 2050 e, para isso, está terminando o inventariado de carbono de toda a sua carteira de crédito, direta e indireta. Nós pretendemos engajar os nossos clientes nessa jornada, para que eles possam entender qual é a sua pegada de carbono e, a partir disso, para a atividade menos intensiva e sustentáveis, porque, fazendo isso, vão ter acesso a crédito mais barato, melhores talentos, que buscam trabalhar em empresas sustentáveis, e também vão inovar em produtos, fazendo com que consigam ter um preço melhor nos produtos e serviços produzidos no Brasil, que já são verdes”, disse o diretor de Crédito Produtivo do BNDES, Bruno Aranha. Na atual gestão, o BNDES procurou ser um banco de fomento mais voltado para micro, pequenas e médias empresas, maiores geradoras de emprego do país, para práticas sustentáveis e financiamentos com maior impacto social.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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