BNDES decide trocar membros do Conselho da JBS e quer participar da escolha de nova diretoria
O BNDES decidiu trocar membros do Conselho Administrativo da JBS e quer participar do processo de escolha da nova diretoria. O banco é o segundo maior acionista da companhia e detém, hoje, uma fatia de 21% no capital.
A instituição pode indicar dois membros para o Conselho de Administração da empresa. Atualmente, uma das cadeiras está vaga e a única representante é a advogada Claudia de Azeredo Santos.
Em evento do Rio de Janeiro nesta quinta-feira, o presidente do BNDES garantiu que a mudança não tem relação com as prisões dos irmãos Batista.
Falando ao repórter Rodrigo Viga, Paulo Rabello de Castro ressaltou que é preciso preservar a companhia e os benefícios trazidos para o Brasil: “nós não vamos polemizar sobre a ‘fulanização’ de um processo que eu disse sobre a administração dos altos interesses do povo brasileiro em uma empresa que cresceu em benefício do povo”.
Segundo o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, as trocas já eram planejadas há quatro meses.
A pesquisadora de mercado de capitais da USP, Érica Gorga, afirmou que as mudanças serão bem recebidas pelos investidores: “no médio e longo prazo que é onde devemos virar é com certeza positivo. Mas que as estabilidades no curto prazo são momentâneas”.
A pesquisadora Érica Gorga avalia que a instabilidade será superada, assim que a JBS definir o sucessor de Wesley Batista.
Em audiência de custódia, o executivo declarou que não sabe porque está preso e que o único crime cometido foi assinar o acordo de delação: “sinceramente, Excelência, eu não sei que crime eu cometi”.
Wesley Batista disse, ainda, que todos os procedimentos adotados pela JBS estão de acordo com que é praticado no mercado financeiro.
Nesta quinta-feira, a defesa dos irmãos Batista entrou no Tribunal Regional Federal com um pedido de liberdade para os empresários.
*Informações do repórter Vitor Brown
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.