Bolsonaro dependerá de Congresso renovado para aprovação de promessas de campanha
Jair Bolsonaro terá que negociar com o Congresso renovado e os sobreviventes da velha política para bancar suas promessas de campanha.
As reformas da Previdência e Tributária dependem de quórum qualificado na Câmara, com seus 513 deputados, e no Senado, que tem 81 parlamentares. A Câmara será formada por 30 partidos e a oposição deve reunir oito legendas, o equivalente a cerca de 148 votos, encabeçada pelo PT, de Alencar Santana.
Se a oposição pode ter 148 votos, o governo buscará apoio dos demais 365 deputados. O PSL de Bolsonaro elegeu 52 deputados, já recebeu o apoio de 10 parlamentares do PTB e de oito do PSC.
O presidente precisa de uma base de 308 votos para alterar a Constituição. Eleita pelo PSL de São Paulo, Carla Zambelli, avaliou a governabilidade de Bolsonaro: “eu acho que boa perspectiva que a gente tem, boa bancada e pessoas que já se identificam e se posicionaram com Bolsonaro”.
O PSL se aproxima do Centrão formado pelo DEM, com 29 deputados; Progressista, 37; PSD, 34; PR, 33; PRB, 30 e Solidariedade, com 12 parlamentares. PPS com 8; MDB, 34, e PSDB, 29 são considerados o fiel da balança governista.
Eleito pelo DEM, Kim Kataguiri confiou na fiscalização do eleitor: “é difícil conseguir essa maioria de três quintos na Câmara e Senado, mas estou relativamente otimista”.
Nos últimos 20 anos não houve uma renovação tão ampla na Câmara. No Senado foi a maior alteração desde a redemocratização, 21 partidos, em 2 mil e 19, 17 parlamentares já na oposição, 20 governistas e a busca pelo apoio nas demais bancadas.
*Informações do repórter Marcelo Mattos
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