Bolsonaro deve participar de encontro com governadores eleitos nesta quarta

O presidente eleito Jair Bolsonaro deverá participar nesta quarta-feira (14) de encontro com governadores eleitos de todo o país.
O encontro foi anunciado na semana passada pelo governador eleito de São Paulo, João Doria, e é uma iniciativa dos governadores, que vão a Brasília conversar com a equipe de transição sobre a proposta do novo Governo de descentralização de recursos.
O presidente eleito confirma que deve participar do encontro e deixou bem claro que já sabe o que os governadores vão pedir.
Nesta terça-feira (13), Bolsonaro anunciou o nome do novo ministro da Defesa, o General do Exército Fernando Azevedo e Silva, que hoje é assessor do presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Dias Toffoli.
Durante encontro com o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Brito Pereira, o presidente eleito voltou a defender a necessidade de se rever alguns pontos da legislação trabalhista até como forma de aumentar a geração de empregos no país e para minimizar as críticas ao fim do Ministério do Trabalho ele recuou e disse que na verdade a pasta não vai acabar, mas sim será integrada a uma outra. O que, segundo ele, é necessário diante da meta de redução do número de ministérios.
Inicialmente a ideia era ter 15. Hoje a estrutura prevê 18 pastas e o próprio Bolsonaro já avisou que o número pode subir para 19 ou 20.
Em meio à discussão de economia de recursos, a nova equipe de governo gostaria que o presidente Michel Temer vetasse a proposta aprovada pelo Congresso de reajuste nos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal.
Jair Bolsonaro já avisou que não vai fazer esse pedido à Temer, mas que o presidente da República sabe que no entendimento dele, não é hora desse tipo de bondade.
No Centro cultural do Banco do Brasil, o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, se reuniu ontem com o filho de Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro, e o senador eleito, Major Olímpio, exatamente para avaliar e evitar a aprovação de novas pautas-bomba, projetos que estão no Congresso e que podem complicar a vida da equipe econômica do futuro governo.
Até por conta disso, o próprio Bolsonaro, depois das críticas de que o novo governo não estava conversando com o Congresso, pretende andar pelos corredores da Câmara e disse que vai tomar um café com os presidentes da Casa, Rodrido Maia, e do Senado, Eunício Oliveira.
Mas nada de encontro formal, como estava agendado e acabou cancelado. Apenas uma conversa entre colegas parlamentares.
No Tribunal Superior Eleitoral, no dia em que Bolsonaro visitou a casa, o ministro Roberto Barroso aceitou pedido da área técnica e determinou que a campanha do presidente eleito apresente documentação para esclarecer inconsistências encontradas na prestação de contas apresentada ao tribunal.
*Informações da repórter Luciana Verdolin
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