Bolsonaro e Macri devem tratar sobre Mercosul durante encontro em junho

A visita ocorrerá pouco antes da realização da cúpula do Mercosul

  • Por Jovem Pan
  • 29/04/2019 05h42 - Atualizado em 29/04/2019 10h53
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Alan Santos/PR No encontro, os líderes darão seguimento a assuntos iniciados durante a visita de Macri à Brasília em janeiro

O encontro entre Jair Bolsonaro e Maurício Macri no mês de junho deve colocar temas de interesse comercial e especialmente questões relacionadas ao Mercosul.

O presidente brasileiro vai à Argentina se reunir com o presidente do país vizinho, em Buenos Aires. A visita ocorrerá pouco antes da realização da cúpula do Mercosul, marcada para julho na cidade argentina de Santa Fé.

No encontro, os líderes darão seguimento a assuntos iniciados durante a visita de Macri à Brasília em janeiro, como a modernização do bloco sul-americano e a crise na Venezuela.

Para o especialista e professor de Relações Internacionais, Marcos Vinicius de Freitas, a ocasião pode ser uma oportunidade para ambos encamparem a revisão de muitos pontos, pois o Mercosul não está funcionando de forma adequada: “a Argentina constitui parceiro importante do Brasil e com eles temos acordo importante, que é o Mercosul, e precisa ser debatido entre os dois países”.

O secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, enfatizou que Brasil e Argentina têm que buscar formas de crescimento em conjunto: “Brasil e Argentina são sócios do Mercosul e estamos mais perto do que nunca da conclusão de acordo com a União Europeia. Os temas industriais estão bem avançados na negociação e queremos obter mais benefícios para Brasil e Argentina”.

O professor de Direito Internacional da FMU, Manuel Furriela, apontou que para a Argentina, que vive uma grave crise, o encontro bilateral é de vasta importância. Ele indicou os motivos que levaram o país ao fundo do poço e que podem servir de aprendizado ao Brasil: “a Argentina está mergulhada na sua crise principalmente porque não implementou mudanças e reformas profundas naquele país. E as reformas realizadas não foram realizadas não só na profundidade necessária como também não o foram na rapidez que a crise exigia”.

A agenda internacional de Bolsonaro está intensa, incluindo ainda uma visita a Nova York, nos Estados Unidos, em maio, quando será homenageado como personalidade do ano pela Câmara Americana de Comércio.

O presidente também irá a Pequim e Xangai, na China, no mês de agosto.

*Informações do repórter Daniel Lian

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