Bolsonaro e Moro devem conversar nesta terça sobre conversas vazadas

Divulgação Presidente deve se reunir nesta terça-feira (11) com Sergio Moro para conversar sobre mensagens vazadas

O presidente Jair Bolsonaro pretende se encontrar pessoalmente com o ministro Sergio Moro nesta terça-feira (11). O porta-voz Rêgo Barros garantiu que a demissão de Moro jamaia foi discutida, mas sinalizou que existe sim uma preocupação com relação a uma possível repercussão negativa das denúncias dentro do governo, principalmente no momento em que o Congresso Nacional deve começar a votar a Reforma da Previdência.

Por isso a avaliação é de que é importante uma reação rápida, entender o que exatamente está acontecendo e se mais alguma informação pode ser divulgada nos próximos dias.

“A importância é o presidente conhecer do próprio ministro Sergio Moro a sua percepção e a partir dessa conversa começar linhas de ação para avançar no sentido de que nós tenhamos o país no rumo certo e em particular no tema economia”, declarou o porta-voz.

O ministro da Justiça Sergio Moro, que passou a segunda-feira (10) em Manaus, se defendeu minimizando a polêmica. Ele justificou que juízes conversam com procuradores, advogados e policiais, e muitas vezes o que se discutia na época eram questões relacionadas a logística. Moro ainda afirmou que não identificou da parte dele, nas mensagens gravadas, nenhuma ilegalidade.

“Eu não vi nada demais nas mensagens, o que há ali é uma invasão criminosa de celulares de procuradores e pra mim esse é um fato bastante grave. Quanto ao conteúdo, no que diz respeito a minha pessoa eu não vi ali nada demais”, disse Moro.

O ministro também afirmou que não tem como garantir que todas as mensagens são verdadeiras. “Eu nem posso dizer que são autênticas porque são coisas que se aconteceram, foi há anos atrás. Eu não tenho mais essas mensagens, não tenho registro disso. Agora ali não tem orientação nenhuma.”

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou, depois de encontro com Jair Bolsonaro, que as mensagens vazadas eram privadas e, fora de contexto, elas geram ilações. Mourão ainda ressaltou que o ministro da Justiça é uma pessoa da confiança do presidente da República.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin