Bolsonaro nega que atos em quartéis serão comemorações ao golpe de 1964
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quinta-feira (28), que não pediu para que os quartéis “comemorassem” o golpe de 1964, mas sim rememorassem a data de 31 de março. No início da semana, entretanto, o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, confirmou que Bolsonaro recomendou ao Ministério da Defesa que faça as “comemorações devidas” pelos 55 anos do dia 31 de março.
Em solenidade pelos 211 anos do Superior Tribunal Militar, em Brasília, Jair Bolsonaro desmentiu a orientação. Ao ser questionado sobre uma mea culpa do Governo, pensando nas vítimas da ditadura militar, Bolsonaro voltou a comparar o período a um casamento.
Do lado oposto, parentes de vítimas do regime e o instituto Vladimir Herzog pediram ao Supremo Tribunal Federal que conceda liminar impedindo as comemorações em quartéis.
O Ministério Público Federal também recomendou que as celebrações não fossem feitas e indicou que os responsáveis se manifestassem sobre a intenção de comemorar a data.
Em uma Ordem do Dia Alusiva emitida na última quarta-feira (27), o Ministério da Defesa, colocou em perspectiva histórica os acontecimentos que levaram a ditadura militar. A princípio, o comando do Exército informou aos quartéis que estão mantidas as comemorações, mas ponderou, em ofício, que aguarda parecer jurídico do Ministério da Defesa e das consultorias jurídicas das Forças Armadas.
*Informações da repórter Victoria Abel
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