Bolsonaro ainda não bateu o martelo sobre o novo ministro da Educação

  • Por Jovem Pan
  • 24/06/2020 08h43 - Atualizado em 24/06/2020 08h48
Marcos Corrêa/PR O que se comenta é que o presidente pediu propostas ao possível novo ministro para a retomada das aulas, paralisadas pela pandemia da Covid-19

O encontro do presidente Jair Bolsonaro com um dos cotados para assumir o Ministério da Educação (MEC), o secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, durou mais de uma hora no Palácio do Planalto. O chefe do Executivo avaliou como positivo o encontro, mas oficialmente ainda não fez o convite.

O que se comenta é que o presidente pediu propostas ao possível novo ministro para a retomada das aulas, paralisadas pela pandemia. Dentro do governo a informação é que Jair Bolsonaro continua analisando outros nomes para o cargo, mas Feder continua na frente.

Na terça-feira (23), depois do Ministério Público pedir que o Tribunal de Contas investigue a viagem de Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação, aos Estados Unidos e qual teria sido o papel do Itamaraty nesse processo, o governo alterou a data de exoneração do sábado para a sexta-feira da semana passada (19).

Sobre a viagem de Weintraub, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, foi irônico. “Então entendi, ele tava fugindo de alguém? Estranho né, vai ser a primeira vez na história que alguém diz que está exilado e tem o apoio do governo. Geralmente é o contrário, as pessoas fogem porque estão sendo perseguidas pelo governo.”

Na sexta-feira da semana passada, o ex-ministro da Educação afirmou que iria viajar o mais rápido possível, mas antes faria uma transição com o novo ministro. No sábado, no entanto, também pelas redes sociais, Weintraub afirmou que já tinha desembarcado nos Estados Unidos. O ex-ministro teria entrado no país com passaporte diplomático, o que facilitaria a entrada em território americano.

Diante da exoneração de Weintraub, o ministro Celso de Mello decidiu encaminhar a 1ª instância o inquérito que apura acusações de racismo contra o ex-ministro. Como ele perdeu o chamado foro privilegiado, o processo não pode mais ficar no Supremo Tribunal Federal (STF). Celso de Mello pede que a Procuradoria-Geral da República se manifeste sobre a decisão.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

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