Bolsonaro reage enfaticamente a ações do STF e diz que ordem absurda não se cumpre

  • Por Jovem Pan
  • 29/05/2020 06h26 - Atualizado em 29/05/2020 07h50
Marcos Corrêa/PR Nesta quinta-feira (28), Bolsonaro repetiu que "ordens absurdas não se cumprem" e afirmou que é preciso colocar um limite nesse tipo de determinação

O presidente Jair Bolsonaro garante que operações como a deflagrada na quarta-feira (27), que teve como alvos blogueiros, ativistas e parlamentares que apoiam o governo, não se repetirão.

Na avaliação do presidente da República, que afirma que os investigados não são bandidos, um processo não pode começar a partir do que se considera um factóide ou uma fake news. A frase é em referência à suspeita de que aliados do governo produzem ataques coordenados nas redes sociais contra opositores.

Nesta quinta-feira (28), Bolsonaro repetiu que “ordens absurdas não se cumprem” e afirmou que é preciso colocar um limite nesse tipo de determinação. Para o presidente, a operação que teve como alvos apoiadores do governo deixa claro que ele nunca teve a intenção de interferir nos trabalhos da PF.

Vestindo uma gravata decorada com fuzis, Bolsonaro disse ainda que tem as “armas da democracia nas mãos” e afirmou que o que ocorreu na quarta-feira na se repetirá.

Bolsonaro também voltou a criticar a decisão do ministro do STF, Celso de Mello, de retirar o sigilo sobre praticamente todo o vídeo da reunião ministerial de 22 de abril.

O encontro motivou uma série de ações judiciais, como aquela em que parlamentares pedem que o conteúdo dos celulares do presidente e do filho, Carlos, sejam investigados.

Na ocasião, o general Augusto Heleno, emitiu uma nota afirmando que apreensão do aparelho de Bolsonaro teria “consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”.

Nesta quinta, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional creditou à imprensa a interpretação de que teria se referido à possibilidade de interferência das forças armadas.

Nesta quinta-feira, a Procuradoria-geral da República se manifestou contra a apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro, pedida por partidos políticos e parlamentares. O argumento é que, como investigações contra o chefe do executivo são de competência do Ministério Público Federal, não intervenção de terceiros no processo.

*Com informações do repórter Antônio Maldonado

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