Bolsonaro reclama da ‘guerra ideológica’ em debate sobre a cloroquina

  • Por Jovem Pan
  • 10/04/2020 06h18 - Atualizado em 10/04/2020 08h27
EFE/Joédson Alves jair-bolsonaro-coronavirus Bolsonaro mencionou uma história da Segunda Guerra Mundial, em que soldados aplicavam água de coco na veia na ausência de soro fisiológico

O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o uso da cloroquina no tratamento de pacientes com coronavírus. Na saída do Palácio da Alvorada, ele reforçou a posição demonstrada no pronunciamento da última quarta-feira (8). Aos apoiadores, o presidente disse que o medicamento já tem sido aplicado por médicos no Brasil “há quase dois meses”.

Bolsonaro lembrou que ainda não há eficácia cientificamente comprovada sobre a hidroxicloroquina no combate ao coronavírus, mas que tem surtido resultado. Na visão do presidente, o que prejudica o debate é uma “guerra ideológica”.  “Isso é uma guerra ideológica, guerra de poder. Se o pessoal me ajudasse um pouquinho, e não atrapalhasse,  o Brasil ia embora.’

Bolsonaro mencionou uma história da Segunda Guerra Mundial, em que soldados aplicavam água de coco na veia na ausência de soro fisiológico, para dizer que, se fosse aguardada uma comprovação científica, muito mais pessoas teriam morrido.

O presidente também voltou a citar o médico Roberto Kalil Filho, diretor-geral do hospital Sírio Libanês, que admitiu ter usado a cloroquina. “Igual o Kalil falou, ele usou porque pode ser que daqui uns anos chegue a confirmação científica. Se não tivesse usado, quantas mortes teriam ocorrido nesse tempo.”

Nas redes sociais, Bolsonaro agradeceu ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, que liberou o carregamento de insumos para produção da hidroxicloroquina.

*Com informações do repórter Levy Guimarães

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