‘Bolsonaro se apresenta como liberal até a segunda linha’, diz Lohbauer
Dois partidos adotaram a bandeira do liberalismo para a disputa pela Presidência da República: NOVO, com João Amoêdo, e PSL, com Jair Bolsonaro.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o vice de Amoêdo na chapa presidencial, Christian Lohbauer, disse que os casos são “completamente diferentes” e que é “difícil entender o PSL como partido”.
“É partido nanico que vem se aliando a todos os governos desde Fernando Henrique [Cardoso]. Bolsonaro chegou porque precisava de legenda. De liberal esse partido nunca teve nada”, criticou Lohbauer.
Segundo o vice de Amoêdo, a necessidade de reformar o Estado entrou no discurso político de todos os candidatos “há pouco mais de um ano”. “Bolsonaro se apresenta como liberal até a segunda linha. Ele coloca Paulo Guedes como seu Posto Ipiranga, mas conheceu Paulo Guedes há alguns meses. Estamos propondo reforma de Estado liberal e o verdadeiro liberalismo”, disse.
Entre as propostas defendidas por Lohbauer está a das privatizações. “Tem umas que precisam ser fechadas, como a EPL (…) Outros casos são complexos, como a Petrobras. Quando se fala em coisas grandes e complicadas, Bolsonaro se apresenta como contra e Paulo Guedes como 100% a favor. O que se discute é quanto tempo dura essa relação entre ele e seu eventual futuro ministro da Fazenda”.
Lohbauer lembrou que são cerca de 150 estatais federais no País e que há diversas especificações ara cada uma delas.
“Tem de tudo, tem Petrobras que demanda estudo, um processo lento de divisão de partes, até empresas deficitárias que temos de fechar. Tem Banco do Brasil, Caixa [Econômica Federal]. Privatizaria a Caixa e o Banco do Brasil (…) O BNDES deveria ter outro desenho e ao ser essa máquina enorme de transferência de recursos para os amigos do rei. A gente tem que rever a posição do BNDES, mas extinguir é uma coisa que nunca discutimos”, explicou.
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