Bolsonaro volta a dizer que não tem medo de CPI e ataca governadores

Segundo o presidente, o que o governo federal já gastou com o auxílio emergencial pode ser comparado a dez anos do Bolsa Família

  • Por Jovem Pan
  • 30/04/2021 07h34 - Atualizado em 30/04/2021 09h55
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MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO -22/03/2021 O presidente da república, Jair Bolsonaro, durante cerimônia no Palácio do Planalto Ao lado do presidente da Funai, Marcelo Xavier, o presidente Bolsonaro voltou a defender a liberação da mineração

Com a CPI da Covid-19 no Senado Federal já em funcionamento, o presidente Jair Bolsonaro voltou a garantir que está tranquilo e não teme possíveis repercussões negativas. Ele também não perdeu a oportunidade de rebater críticas de governadores ao atual valor do auxilio emergencial. Segundo o presidente, o que o governo federal já gastou com o benefício pode ser comparado a dez anos do Bolsa Família. Bolsonaro até desafiou os críticos a criarem benefícios estaduais. “A gente apela aos senhores excelentíssimos governadores, vocês que fecham comércio e destroem milhões de empregos, poderiam fazer um auxilio emergencial estadual. Já que me criticam, bota mil reais. Em especial aos Estados do Nordeste, que fizeram caixa com nossos recursos no ano passado e tem dinheiro.”

O presidente ainda criticou o uso político da ajuda financeira. Ao lembrar que haverá eleições no ano que vem, o presidente mais uma vez defendeu o voto impresso e criticou quem está utilizando a pandemia para se promover politicamente. “Porque uma população na miséria é uma população que vai começar a depender cada vez mais do Estado. E a tendência é dar voto para quem dá muleta para ele. Gostaria que não tivesse isso tudo. Estamos fazendo isso não por voto, mas para atender a população que perdeu tudo.”

Ao lado do presidente da Funai, Marcelo Xavier, o presidente Bolsonaro voltou a defender a liberação da mineração em terras indígenas como forma de socorrer os indígenas nesse momento de dificuldade. O presidente da Funai, por sua vez, defendeu melhores condições de vida para os indígenas que eles é que devem definir qual o melhor caminho a ser seguido. “Quem tem que dizer o modelo são os próprios indígenas. Temos modelo de turismo, artesanato, agricultura, as roças.” O presidente da Funai alertou para problema envolvendo a concentração de poder dentro das reservas indígenas. O que acabaria gerando desigualdade entre a própria população das aldeias.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

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