Bombeiros chegam aos andares habitados e ainda buscam sobreviventes

  • Por Jovem Pan
  • 07/05/2018 11h53 - Atualizado em 07/05/2018 11h57
MARCELO GONCALVES/SIGMAPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Bombeiros continuam nesta segunda-feira (07) com os trabalhos de busca por possíveis vítimas do desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, ocorrido na madrugada o dia 1º de maio, no Largo do Paissandu, centro de SP

Focos de incêndio nos escombros do edifício Wilton Paes de Almeida, no centro de São Paulo, reacenderam nesta segunda-feira (7) uma pequena esperança para os bombeiros de encontrar sobreviventes seis dias após o desabamento do prédio em chamas.

As buscas chegaram à laje compactada do oitavo piso do edifício, que tinha 24 andares. Era nesse andar que começavam as moradias da ocupação do Movimento Social de Luta por Moradia (MSLM), onde cerca de 140 famílias viviam.

Em entrevista ao repórter Tiago Muniz da Jovem Pan, o porta-voz do Corpo de Bombeiros, Marcos Palumbo, pontua os locais do cenário há a “possibilidade de localização de vítimas”, a parte central dos escombros. “Há grande quantidade de fumaça saindo dos pilares centrais da edificação. Não são pilares no entorno”, destacou.

“Se você tem fogo, logo você tem oxigênio. E oxigênio é essencial para que qualquer pessoa possa ter a sobrevida. Então o oxigênio está chegando ali de alguma forma”, disse.

Era no oitavo andar onde moravam as vítimas ainda buscadas após a tragédia.

Palumbo disse que será feita a remoção dos escombros “com todo cuidado” para “investigar pontos e células de sobrevivência”.

“Se nada for constatado, a gente reinicia todo o trabalho de remoção de todo o entulho, dos escombros, do ferro”, explicou o bombeiro. Palumbo disse que são retiradas em média 250 toneladas de entulho por dia.

Um corpo já foi retirado dos escombros, o de Ricardo Pinheiro, de 39 anos, que chegou a ser amarrado por um cinto de segurança dos bombeiros, mas não conseguiu ser resgatado pela janela do prédio pois o prédio desabou.

Oficialmente, ainda há cinco pessoas desaparecidas: Selma Almeida da Silva, seus dois filhos: Welder e Wender, Eva Barbosa Lima e Walmir Sousa Santos.

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