Boris Johnson toma posse no Reino Unido em meio a uma onda de incertezas

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 24/07/2019 09h17 - Atualizado em 24/07/2019 11h30
EFE/ Andy Rain O ponto é que o ex-prefeito de Londres ainda nem recebeu as chaves do número 10 de Downing Street e o debate por aqui já é sobre quanto tempo ele irá durar no comando do país

O novo primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, toma posse nesta tarde em meio a uma renovada onda de incertezas no país. 

Johnson assume o posto deixado por Theresa May depois de passar pelo tradicional ritual de ser recebido pela rainha no Palácio de Buckingham.

Aliás, este será o décimo quarto primeiro-ministro desde que Elizabeth II foi coroada – 10 deles eram políticos conservadores. 

Na sequência, Boris vai anunciar o seu novo gabinete, que deve ser mais plural ainda com a participação de minorias e um grande número de mulheres. 

O ponto é que o ex-prefeito de Londres ainda nem recebeu as chaves do número 10 de Downing Street e o debate por aqui já é sobre quanto tempo ele irá durar no comando do país. 

Parece ponto pacífico que o Reino Unido terá eleições antecipadas neste ano. 

Se Boris não conseguir entregar o Brexit no dia 31 de outubro, o jeito será formar um novo parlamento. 

E se conseguir ele mesmo deve antecipar a eleição geral para tentar alcançar maioria no parlamento. 

O novo primeiro-ministro, embora tenha tido votação esmagadora entre os filiados do partido conservador, não têm posição forte na Câmara dos Comuns. 

Na verdade, Theresa May deixa uma maioria pífia, de três parlamentares apenas, o que torna o trabalho de comandar o Reino Unido bastante complexo. 

O jeito bufão de Boris Johnson não desperta muita confiança entre os britânicos – mas é fato que ele era o nome mais forte para encerrar de uma vez por todas o grande tema por aqui nos últimos três anos: o Brexit. 

Ninguém mais aguenta ouvir sobre este tema. Boris acha que pode renegociar o acordo de  desfiliação com a Europa, o que parece somente mais uma bravata do político conhecido por suas declarações e projetos sem muita substância. 

Mas ele também promete o Brexit sem acordo, custe o que custar. Como a União Europeia se mostra resignada com este desfecho, é muito provável mesmo que ele ocorra.

 

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