Brasil aposta nos espumantes para crescer no mercado do vinho

Com uma alta estimada de 11% no volume de vendas, o setor de espumantes se moderniza e consolida a produção na região sul do Brasil. O número é da Associação Brasileira de Supermercados, referente ao fim deste ano na comparação com o mesmo período de 2018.
As condições climáticas sulistas favorecem o cultivo da uva e possibilitam a produção de espumantes de alta qualidade.
Por outro lado, o enólogo Carlos Abarzua demonstra preocupação com um possível acordo comercial entre Mercosul e União Europeia. “Com a entrada do Mercosul na comunidade europeia, a taxa de imposto deve abaixar. Então vai entrar muito mais produto para competir com o mercado nacional.”
Abarzua destaca que a viticultura brasileira é recente e produtos de alta qualidade só começaram a ser produzidos no país nos anos 70.
O apreciador Adriano Ferraz, lembra que a bebida pode ser consumida gelada, o que nem sempre acontece com outros tipos de vinhos.
“É um produto para momentos de lazer, de prazer e que também vai bem como acompanhamento. Mas aqui no brasil, com o clima quente, pode ser tomado gelado para apreciar momentos bons da vida.”
Nem toda bebida que borbulha pode ser classificada como espumante e nem todo espumante pode ser chamado de Champanhe. Ambos são elaborados a partir de duas fermentações, mas a denominação muda de acordo com o procedimento seguido na segunda.
O método na garrafa, chamado de Champenoise, é de exclusividade da região francesa Champanhe e, portanto, os produtos levam o mesmo nome.
Já as bebidas com a segunda fermentação em tanques, ao processo classificado como Charmat, podem ser feitas em qualquer lugar do mundo e, por isso, são chamadas de espumante.
*Com informações da repórter Nanny Cox
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