Marcos Troyjo: Brasil teve aumento nas exportações e investimentos no 1º trimestre de 2020
De acordo com o secretário Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, mesmo com a pandemia da Covid-19, o Brasil registrou, nos três primeiros meses de 2020, uma alta no volume de exportações e de investimentos estrangeiros no país.
“Os níveis do comércio internacional estão caindo no mundo inteiro, a Organização Mundial de Comércio prevê queda de até 32% das transações ao longo de 2020. Mas, nas 20 maiores economias do mundo, o Brasil desponta como uma exceção, de janeiro a abril o volume [de exportações] cresceu, é o único país do G20 que tem essa performance”, explicou Troyjo em entrevista ao Jornal da Manhã desta segunda-feira (11).
Entre as exportações, o destaque fica para o aumento da participação brasileira no mercado asiático, que teve 45% das exportações no primeiro quadrimestre de 2020 para a região. Atualmente, o país “já exporta mais para países da Ásia do que, por exemplo, para os Estados Unidos e para o México”, segundo o secretário.
Troyjo destaca que as orientações do presidente Jair Bolsonaro para manter “relações comerciais fortes e diversificadas” e o perfil do agronegócio estão entre os motivos para a manutenção e aumento das exportações diante da pandemia. “Se você é um país que produz, por exemplo, bolas de tênis, provavelmente caíram [as exportações]. Mas se o perfil exportador é de alimentos, a demanda por alimentos é mais resistente.”
Para além das exportações, o secretário ressaltou que o Brasil também registrou aumento de 6% nos investimentos estrangeiros diretos no primeiro trimestre de 2020. Ele lembrou ainda que, no primeiro ano do governo Bolsonaro, o país foi o quarto maior destino do mundo para investimento estrangeiro, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, China e Singapura.
“Curiosamente, nesses primeiros três meses de 2020, Brasil recebeu mais investimentos direitos do que no mesmo período do ano passado”, ressaltou Troyjo, defendendo que esses aumentos serão uma “ponta de lança para retomada da economia após os efeitos da pandemia”.
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