Brasil destina 6% do PIB para educação, mas não obtém resultados

  • 06/11/2019 08h51 - Atualizado em 06/11/2019 09h00
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Agência PT O Ceará, governado por Camilo Santana (PT), é o Estado com a maior eficiência de ensino do país

O Brasil gasta muito com educação, mas a aplicação desse investimento é ineficiente. O levantamento divulgado no 6º Fórum Lide de Educação, nesta terça-feira (5), mostrou que o Brasil destina 6% do Produto Interno Bruto (PIB) ao setor, um número considerado acima do ideal. No entanto, o país obtém resultados inferiores.

O ex-ministro da educação, Mendonça Filho, defendeu um equilíbrio no setor. Para ele, a ideia é “equalizar o ambiente ao invés de buscar uma terceira guerra mundial” na área educacional.

“Eu acho que a gente tem alguns consensos com relação a avaliação, algumas políticas públicas importantes, a gente precisa ter currículos bem definidos. A base nacional comum curricular foi elaborada com esse propósito. Melhorar a formação dos professores, valorizando-os e, ao mesmo tempo, dotar as escolas públicas, sobretudo, de melhor qualidade em termos de gestão”, disse.

De acordo com o secretário da Educação do Estado de São Paulo, Rossieli Soares, além de ter prioridade no governo, o setor precisa contar com o esforço da sociedade. “Um consenso importante que nós temos entre eu e o Mendonça e muitas pessoas já na sociedade, é que a educação não pode ser uma política de um governo, ela precisa se tornar uma política pública perene. Nos grandes casos de sucesso, há um envolvimento da sociedade”, explicou.

A pesquisa, feita pelo Instituto Ayrton Senna e divulgada durante o 6º Fórum Lide de Educação, confrontou os gastos por aluno com os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica de todos os Estados Brasileiros.

O Ceará é a unidade federativa com a melhor eficiência de ensino. O governador do Estado, Camilo Santana (PT), atribui o desempenho a vários fatores, como valorização ao professor, incentivos aos alunos e municípios e modelos de gestão com foco no resultado.

“Você valorizar os professores, você também valorizar pelo mérito do resultado de cada um. Isso é fundamental. Falta também integração, porque vivemos num país federativo, ou seja: o município tem um papel, o Estado tem outro e a federação tem outro. Se você não integra esses papéis, se você não cria uma rede, você não consegue. Porque se você não prepara um bom aluno no Ensino Fundamental, você chega no Ensino Médio ruim”, afirmou.

Ele apontou a necessidade de acompanhamento constante de alunos, corrigindo distorções e buscando sempre a melhora do ensino.

*Com informações da repórter Nanny Cox 

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