Brasil deve dobrar capacidade de produção de etanol até 2030

A capacidade de produção de etanol no Brasil deve dobrar em 12 anos. Atualmente, a oferta do combustível é de 27 bilhões de litros e a previsão é que chegue a mais 50 bilhões em 2030.
Os dados fazem parte de um estudo da Empresa de Pesquisa Energética, ligada ao Ministério de Minas e Energia. Um dos principais motivos para este salto é o programa RenovaBio, que busca aumentar a participação dos biocombustíveis na matriz energética brasileira.
Biocombustíveis são extraídos de produtos agrícolas como cana-de-açúcar, mamona, soja mandioca e milho. Mais investimentos no setor também seriam outro fator que permitiria aumentar a produção de etanol.
Em sessão na Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas, na última quarta-feira, o diretor de Políticas em Mudança do Clima, José Domingos Gonzalez Miguez, disse que a matriz energética brasileira é uma das mais renováveis do mundo: “para terem ideia, a média de energia renovável na matriz energética mundial é 13%, a nossa é 42%, e na OCDE é 6%”.
Para o representante da União da Indústria de Cana-de-Açúcar, Luciano Rodrigues, o RenovaBio tem uma série de benefícios indiretos: “essa é a visão da indústria, trata-se de política conjunta, via mercado, indução a maior eficiência”.
O estudo da Empresa de Pesquisa Energética projeta que o consumo de gasolina no Brasil, em 2030, deverá ser próximo ao atual, ou até ligeiramente menor.
O RenovaBio, que está em fase de regulamentação, cria regras para valorizar os produtores que emitem menos CO2 na produção de energia, por meio dos combustíveis renováveis.
O senador Jorge Viana (PT-AC), que é relator da Comissão, anunciou que o Brasil trabalha para sediar a Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas em 2019.
*Informações do repórter Afonso Marangoni
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.