Brasil dispõe de 55 mil leitos de UTI, mas não é possível prever cenário ideal para a pandemia

  • Por Jovem Pan
  • 18/04/2020 07h36
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Sandro Pereira/Estadão Conteúdo Médicos com pessoas isoladas em UTIs Em condições normais, a Organização Mundial da Saúde recomenda a oferta de 1 a 4 vagas de UTI para cada 10 mil habitantes

Desigualdade e incertezas: esse é o cenário que envolve os leitos de terapia intensiva no Brasil. Em condições normais, a Organização Mundial da Saúde recomenda a oferta de 1 a 4 vagas de UTI para cada 10 mil habitantes.

De acordo com o Ministério da Saúde, o país tem 55.101 leitos desta categoria, número que se encaixaria nas orientações da OMS se não fosse a má distribuição.

O pesquisador do Instituto FioCruz, Ricardo Dantas, ressalta que há duas formas de desigualdade na realidade brasileira. Durante uma pandemia como a de coronavírus, ela fica ainda mais marcante.

No caso da covid-19, ainda há um agravante: o tempo de ocupação da vaga. Segundo o membro da Diretoria Ampliada da Associação de Medicina Intensiva Brasileira, Rodrigo Biondi, cada leito é demandado por um período mais longo.

O ministério da Saúde está em processo de locação de 3 mil leitos de UTI de instalação rápida e iniciou a distribuição de outros 540. Os próprios estados e as iniciativas privadas têm anunciado a ampliação das vagas em hospitais de campanha.

O presidente da Federação Brasileira de Hospitais, Adelvânio Morato, ressalta, no entanto, que não há como prever se isso será suficiente. A entidade disse ainda que está em contato com instituições como o BNDES para criar um mecanismo de suporte para a rede depois que a pandemia terminar.

*Com informações da repórter Nanny Cox

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