Brasil e Chile assinam acordo de livre comércio; texto precisa ser aprovado por parlamentos
O presidente Michel Temer se encontrou com o presidente chileno Sebastián Piñera em Santiago e os dois assinaram um acordo de livre comércio entre os dois países para facilitar ainda mais os negócios.
Sem tarifas de importação desde 2014, agora serão eliminadas outras barreiras, para reduzir a burocracia. O processo de comprovação de origem das mercadorias, por exemplo, que hoje leva cerca de três dias, será digital e deve sair em 30 minutos.
O comércio de frutas e legumes ganha um incentivo. A certificação de produtos orgânicos do Brasil será reconhecida pelo Chile e vice-versa.
Michel Temer comemorou a rapidez com que o acordo foi realizado, menos de seis meses, e determinou a desoneração dos 25% descontados dos salários de chilenos que se aposentam no Brasil.
Outro ponto forte do acordo será na área da telefonia. Os brasileiros que viajarem para o Chile não terão que pagar mais caro para fazer ligações ou usar a internet dos celulares. Isso vai permitir a micro, pequenas e médias empresas brasileiras e chilenas a participarem de licitações abertas nos dois países, competindo em igualdade com os fornecedores locais.
O Brasil é o maior parceiro do Chile na América Latina. Vende principalmente petróleo, automóveis e carnes e compra cobre, salmão e vinhos.
Depois de assinado, o acordo comercial precisa passar pela aprovação dos parlamentos dos dois países. Os números servem de estímulo: No início do ano até outubro, as exportações brasileiras para o Chile cresceram 24% e ultrapassaram os US$ 5 bilhões.
*Informações do repórter Victor Moraes
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